17 de junho de 2011

Suas chagas apodrecem ao sol,


Sua dor vagas faz,

Em oceano por onde não se navega em paz.

Um fétido odor,


Vem de seu tumor,

Exposto aos quatro ventos,

De uma vila de rudes sargentos.



Regurgitas substância asquerosa,


Por sobre epitáfio de nobres raças.

Mancha com teu infortúnio endêmico,

Solo que se fez em dor.

São jovens por onde sangra o coração.


Sofrimentos sem perdão.

Povo a que se roubou o último tostão.

De quem se tira até o chão.



Derrama teu sangue na eterna chacina,


Jovem Palestina.

No desamor que se dá a um cão sem estima!



Judia sobrevivente do holocausto: “Palestinos são vítimas de limpeza étnica” por Israel


Filed Under (Acontece, Internacional, Oriente Médio) by Vera L.Sobrevivente do holocausto judia defende os palestinos.
O nome de Suzanne Weiss encontra-se em uma lista de mais de sete mil judeus classificados pelos sionistas como judeus que se odeiam. São judeus que apóiam os palestinos na sua luta contra a ocupação israelense pela liberdade na Palestina.
Weiss é membro da organização “NOT IN OUR NAME. JEWISH VOICES AGAINST SIONISM” (Não em nosso nome. Vozes judaicas contra o sionismo). Ela escreveu recentemente sobre sua história e de sua família e sobre a sua luta contra as políticas e práticas do Estado e sociedade israelenses.
Ela conta que é sobrevivente do holocausto e que a experiência trágica da sua família e de sua comunidade a deixaram alerta em relação ao sofrimento dos outros povos, inclusive os palestinos.
“Eles são vítimas de limpeza étnica e apartheid. Hitler começou com isso e chegou até o extermínio”, disse.
Na cidade onde sua família morou na Polônia, 99% dos judeus foram mortos. Para ela, as ações de Israel contra os palestinos despertam a memória sobre o destino de sua família nas mãos de Hitler: os muros desumanos, os postos de controle, a humilhação diária, matança, doenças e privação sistêmica.
Segundo Weiss, não há como escapar do fato de que Israel ocupou um país chamado Palestina, roubou as terras dos nativos palestinos, e os palestinos foram expulsos ou vivem atrás dos muros, privados de seus direitos básicos e sua dignidade.
Israel acusa o movimento contra apartheid de ser movimento anti-judaico. Nada mais bizarro que isso.
Quando Nelson Mandela lutou contra o apartheid sul-africano, ele não era anti-branco. A proposta dele é a mesma proposta daqueles que lutam contra o apartheid de Israel: que todos se juntem na luta pela liberdade e igualdade e para libertar o país da opressão racial.
A ONU define o apartheid nos seguintes termos: “atos desumanos cometidos com a intenção de estabelecer e manter dominação de um grupo racial sobre outro, usando a opressão sistêmica”.
O conceito de apartheid foi iniciado nos Estados Unidos, quando os nativos indígenas foram confinados nas pequenas reservas nas terras que lhes foram roubadas.
Os colonos europeus na África do Sul e ainda hoje em Israel, deram ao apartheid seu conceito atual.
Para Weiss, a eliminação do apartheid israelense envolve três medidas simples:
1ª o retorno dos exilados palestinos para as terras das quais foram expulsos;
2º fim da ocupação israelense das terras palestinas;
3º o direito dos palestinos dentro de Israel de igualdade plena, o que significa o fim das leis fundamentais de Israel, que se espelham nas leis racistas de Nuremberg.
Suzanne Weiss destaca que a luta contra o nazismo/sionismo é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que lutam contra a opressão em qualquer lugar do mundo.
Ela lembra que seus país eram membros do grupo de resistência na França e que foram mortos pelos nazistas. Ela escapou porque uma família de camponeses franceses a escondeu, correndo grandes riscos.
A lição é que é possível derrotar a opressão e o opressor.
Hitler parecia todo-poderoso, mas foi derrotado quando enfrentou uma aliança de povos e pessoas, de diferentes crenças, religiões e opiniões políticas, determinados a enfrentar a insanidade nazista.
É exatamente isso de que necessitamos hoje: uma aliança ampla contra a opressão e os opressores, inclusive contra a opressão sionista contra os palestinos.
Os mesmos direitos que queremos para os judeus, queremos para a humanidade e inclusive para os palestinos, que Israel oprime em nome dos judeus.
Suzanne Weiss representa a consciência e sabedoria humanas. É uma voz que o mundo deve ouvir, porque é a única opção para um futuro de paz, segurança e liberdade, não apenas no Oriente Médio, mas no mundo.
Abdel Latif Hasan