29 de março de 2010

Marcelo Dourado entre outros BBBostas


Homofóbico, machista, exibindo símbolo nazista tatuado no braço e mesmo assim as revistas e sites da internet ovacionam o crescimento da popularidade de Marcelo Dourado entre os telespectadores do Big Brother Brasil. A novidade requentada, é o Pitboy (sem coleira) que acredita que os gays é que espalharam o vírus HIV pelo mundo, gosta de intimidar mulheres com berros (quando não, ameaças de que pode quebrar o dedo delas) e como todo machão bombado e testosteronado não dá risada, rosna; além de tentar convencer quem o vê, arrotando e peidando no horário nobre, de que é uma pessoal autêntica. Uma autêntica caricatura do machão, é claro. Mas quem assiste essa bosta! Milhões! Milhões assistem e chafurdam nela. Gastam créditos de celular e tempo em frente a internet. Os mais obcecados ligam dezenas de vezes, clicam neuroticamente no link da persona non grata. Elimina! Elimina! Gay na TV, só se for fazendo papel de “bobo da corte”, do contrário ninguém tolera. Elimina! Mulher inteligente, com PHD é aceitável, desde que ratifique estereótipos como o de mal amada, complexa, mal resolvida. Inteligentes ou não, as mulheres raramente conquistam o grande prêmio e o apreço do público. Talvez, porque no mundinho BBB as mulheres não ambicionem outra posição que não seja a de objeto em exposição. Até aquela que se faz de temperamental, que fica repetindo que tem personalidade forte, sabe que se não “balançar o rabo” não ganha nem prêmio de consolação. Afinal, balançando o rabo e com um pouco de sorte, a Playboy oferece uns trocos em troca de closes ginecológicos e tudo certo! De outro lado, Dourado e os seus genéricos cativam o povão, que gosta de uma caricatura. E como gosta da bosta! Se não gostasse, o que seria dos BBBostas do passado, do presente e dos que ainda virão? Como poderiam sonhar em ganhar um milhão com tão pouca competência e talento? Como que os Pitboys a la Marcelo Dourado conseguiriam mobilizar o espectador médio (para não dizer medíocre) a lhes ajudar a ganhar tanto dinheiro pelos desserviços prestados aos homossexuais, às mulheres, aos homens que defende o respeito ao outro? Ganhando ou não o grande prêmio, Marcelo Dourado já cativou o apoio de milhões de pessoas, que aceitaram e gostaram da caricatura intolerante que lhes é oferecida todo noite na TV.