17 de novembro de 2013

Previsão de orçamento da União para 2014



























Segundo a coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, é mentira dizer que não temos mais dívida externa e que o FMI não exerce mais influência sobre a nossa economia. “O FMI continua monitorando a economia brasileira, embora tenhamos pago a parte financeira que devíamos a eles. Mesmo assim, continuamos sócios do FMI”, diz ela em entrevista ao site  amaivos.
Maria Lucia Fattorelli é auditora fiscal da Receita Federal, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida. Graduada em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais e em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências Contábeis Machado Sobrinho, em Juiz de Fora. Especializou-se em Administração Tributária pela Fundação Getúlio Vargas e organizadora do livro “Auditoria da Dívida: Uma Questão de Soberania”.  Do ponto de vista das relações internacionais, de fato, a auditoria da dívida brasileira é uma questão de soberania nacional. Mas para os milhões de cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras a auditoria da dívida, pode-se dizer, trata-se de uma questão de cidadania. Que dívida é essa? Por que o governo brasileiro paga seus juros sem qualquer tipo de questionamento?
A dívida pública brasileira  dividi-se em dívida externa e dívida interna. A dívida externa estava em R$ 682, 8 bilhões de reais em setembro deste ano de 2013. Já a dívida interna estava em  R$ 2 trilhões de reais no mesmo período. Somadas as duas dívidas ultrapassam os R$ 2,5 trilhões de reais. O pagamento dos juros dessa dívida consome a maior parte dos recursos da União. Dinheiro que poderia está sendo usado em saneamento básico, reforma urbana, programas de habitação, transporte, meio ambiente, entre outras necessidades dos cidadãos.

Para o ano que vem, a previsão é de que os gastos, só com o juro da dívida, cheguem a 42,42% do orçamento da União. Qualquer aumento na aposentadoria, nos encargos com Previdência Social,  tem sido tratado como problema pelo governo (ano passado as aposentadorias fora reajustadas um pouco acima da inflação do ano de 2012, ou seja, 5,84%), contudo, a taxa de juro (que incide sobre essa dívida) acaba de aumentar para 10% ao ano é a Previdência que continua preocupando. Segundo Maria Lucia Fattorelli, 50% dos papéis da dívida brasileira estão na mão de estrangeiros, isto é: instituições financeiras internacionais. O  lucro dessas instituições não param de crescer, em função desse compromisso dos governos brasileiros (de FHC, passando por Lula e Dilma) em  garantir  juros autos, que comprometem cada vez mais a destinação dos recursos públicos brasileiro.












Nenhum comentário: