5 de junho de 2013

Será que as mulheres brasileiras terão que retirar seus úteros para garantir Direitos Humanos?




Nestes tempos em que  as tradições religiosas começam a encontrar eco nas políticas de estado, só a  profanação pode nos salvar.  Hoje (5 de junho de 2013), a bancada evangélica subiu mais um degrau na sua escalada ao poder e na dissolução do pouco de laicidade de que dispõe o estado brasileiro, com aprovação pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara da proposta do Estatuto do Nascituro que estabelece proteção jurídica aos embriões. O projeto, agora, segue para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde, certamente, a questão será tratada como moeda de troca, em eventual apoio da bancada evangélica à reeleição da presidenta Dilma. Uma vez aprovado o PL 478/2007 retirará direitos das mulheres para ampliar os direitos dos embriões. As religiões sempre trataram as mulheres como meras incubadoras, mas agora, com o apoio do estado brasileiro, que ensaia tratar suas cidadãs  não como seres humanos integrais, dignos de direitos, mas como um útero hospedeiro destinado à gravidez compulsória.

Será que teremos que retirar nossos úteros para sermos tratadas como seres integrais, dignas de direitos? 

Diga Não ao Estatuto do Nascituro!