Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue é violentada por oito
pistoleiros em Iguatemi, MS
Inserido por: Administrador em 26/10/2012.
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi
Por Renato Santana,
de Brasília (DF)
Enquanto M.B.R se dirigia do tekoha Pyelito Kue para o
centro urbano de Iguatemi, Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira, 24, o
motoqueiro que a levava mudou de rota, entrou numa fazenda chamada São Luís e
lá oito pistoleiros aguardavam a indígena, que passou a ser violentada
sexualmente.
A ocorrência foi registrada na delegacia do município e
conforme um agente da Polícia Civil, a indígena realizou exame de corpo de
delito no Instituto Médico Legal (IML) de Naviraí. A investigação para
descobrir os autores também teve início e os policiais aguardam o laudo da
perícia médica.
De acordo com relatos da própria indígena, os pistoleiros a
amordaçaram antes do início das sessões de estupro. Enquanto se revezavam, um
sempre mantinha a ponta de uma faca no pescoço de M.B.R. Logo após as
sucessivas violências, um dos homens apontou a espingarda que trazia para a
cabeça da indígena e passou a dirigir perguntas sobre Pyelito Kue e suas
lideranças.
“Ela contou que depois disso os homens deixaram ela largada
por lá. Outro homem a viu e prestou socorro. Foi toda machucada para o Hospital
São Judas Tadeu e recebeu medicação, atendimento”, relata Líder Lopes, de
Pyelito Kue. M.B.R já está na comunidade e aguarda nova ida ao hospital.
Conforme Líder Lopes, a indígena encontra-se assustada e
pouco consegue falar. A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi acionada e
aguarda o laudo pericial para tomar providências, mas uma equipe se deslocará
até a comunidade para prestar apoio a indígena.
Suspeitas
Ainda não há informações mais concretas quanto aos autores
da barbárie. Porém, M.B.R disse aos parentes Kaiowá e Guarani que o homem da
moto foi enviado pelo marido de uma tia, sendo que ambos vivem em Iguatemi.
Durante esta última semana, a questão Kaiowá e Guarani
voltou às manchetes nacionais e internacionais, além de mobilizar centenas de
pessoas mundo afora, com uma carta da comunidade de Pyelito Kue dizendo que não
sairão de suas terras de ocupação tradicional, mesmo que para isso tenham que
morrer resistindo.
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